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Opinião

Saúde mental

Publicado em: 03.07.2023 às 03:00

As lágrimas e o desabafo de James Hetfield, vocalista do Metallica, no palco da apresentação da banda em Minas Gerais, ano passado, vêm na esteira de um assunto cada vez mais recorrente: a saúde mental. Hetfield, dirigindo-se à plateia, confessou que, naquela noite, estava se sentindo velho e inseguro em poder, ainda, dar conta de ser o líder de uma das bandas de maior representatividade das últimas décadas. Reconheceu que foi a sinergia entre a força da banda e da própria plateia que lhe deu condições para se apresentar.

Na Olimpíada de Tóquio, a favorita ao ouro na modalidade solo, a ginasta norte-americana Simone Biles desistiu de competir na final, alegando estar priorizando sua saúde mental.

Se artistas e atletas de altíssima performance estão trazendo à tona o assunto de o quanto a saúde mental impacta em suas vidas, considerando-se que tenham muito mais recursos à disposição do que a maioria da população, o que sobrará ao resto do mundo? Qual tem sido o impacto em vidas ao redor do globo em momento tão delicado da história, com doenças, guerras, fome e crises econômicas?

É urgente discutir políticas de saúde mental e de qualidade de vida em massa como instrumento de saúde pública. Se, por muito tempo, ser forte foi sinônimo de esconder sentimentos, o momento atual nos mostra que lágrimas sinceras em público podem significar um real gesto de coragem em nome da preservação da própria vida.


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