A Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha (ACI -NH/CB/EV) hasteia a bandeira preta em sua sede de Novo Hamburgo. A entidade se manifestou nesta terça-feira (23) por meio de uma nota, dizendo estar ao lado dos esforços que vêm sendo feitos em prol da saúde, bem como ao lado da economia. Luta para restabelecer o equilíbrio e a retomada gradual de uma economia que sofre restrições de abertura há mais de 90 dias.
Segundo a Associação, é estabelecido um diálogo com autoridades e instituições médicas, públicas e privadas, numa busca ponderada pelo retorno seguro às atividades. A ACI afirma, ainda, que os dias em que a população ficou em casa deveriam ter servido, especialmente, para que as lideranças públicas planejassem a gestão de uma crise de saúde anunciada há, pelo menos, quatro meses atrás.
A entidade também avalia que o governo federal remeteu grande quantidade de recursos para suprir as carências do sistema de saúde das cidades da região, possibilitando a contratação de mais profissionais e o aparelhamento das estruturas. "Somos agora informados de que não há fornecedor, e mesmo programação de compras por parte de nossos gestores públicos. Há dinheiro, mas não há cadastro que resolva, nem negociação possível. Temos respiradores, mas não temos monitores cardíacos ou leitos. A terceirização de responsabilidades transfere as consequências disto para as vítimas de sempre: os cidadãos. O anúncio de que teríamos 10 novos leitos de UTI em Novo Hamburgo na última sexta-feira (19) foi subitamente adiado, e poderia ter nos afastado do jugo da bandeira vermelha", diz parte da nota publicada.