Após a Secretaria Estadual da Saúde (SES) afirmar que o novo lote de Coronavac iria sanar o problema da segunda dose no Rio Grande do Sul, diversas cidades se manifestaram de forma contrária, alegando não ter recebido doses suficientes. Novo Hamburgo, maior cidade do Vale do Sinos, recebeu desde a última sexta-feira 8.350 doses do imunizante produzido pelo Instituto Butantan, mas o público estimado é de 15 mil pessoas aguardando a segunda aplicação.
De acordo com o secretário de Saúde, Naasom Luciano, dois motivos seriam os principais para esta discrepância de doses. A primeira delas seria o envio de menos doses por frasco e, o segundo, "público-alvo ter sido sempre superior ao estimado pelo Ministério da Saúde".
Em relação à quebra no número de doses por frasco, ou seja, frascos com dez doses estavam rendendo apenas oito ou nove, a partir do momento em que a Anvisa autorizou o Butantan a reduzir a quantidade de imunizante por frasco, em março. “Na oportunidade, a alegação era evitar desperdício, mas isso resultou em quebra generalizada”, completa Naasom. O secretário afirma que o Município comunicou o Ministério da Saúde a respeito da situação. A data, entretanto, não foi informada pela Prefeitura.
Sobre o número exato de doses em aberto para completar o esquema vacinal, Naasom afirma: “Só teremos o quantitativo exato de falta à medida que avançarmos nos públicos que aguardam a segunda dose”, destacando variáveis como, por exemplo, moradores de Novo Hamburgo que têm casa na praia e, com comprovante de residência, podem receber a segunda dose no litoral.