Grupo Amigas de Mãos Dadas oferece suporte a pacientes com câncer há 17 anos

O Grupo Amigas de Mãos Dadas festejou os 17 anos de atuação em Novo Hamburgo. O grupo, que nasceu com o objetivo de auxiliar as mulheres com câncer, começou com dez pacientes e hoje atende 150. O evento de celebração ocorreu na tarde de segunda-feira (17), na Câmara de Dirigente Lojista (CDL-NH), e reuniu voluntários, pacientes e apoiadores.

"Um momento de confraternização e para comemorarmos os anos de trabalho de apoio à oncologia, pois sabemos o quanto é difícil receber um diagnóstico de câncer e estamos aqui para ajudar neste processo. Também queremos homenagear nossos parceiros, porque se chegamos até aqui foi porque muita gente ajudou", diz Flavia Regina Trevisan, uma das fundadoras do grupo.

Conforme Flavia, atualmente o grupo conta com seis voluntários, mas muitas das pacientes curadas ajudaram na festa, servindo e encaminhando os convidados até as mesas. "Mesmo curadas, elas continuam no grupo e algumas se tornam voluntárias. Esse evento é nosso, devemos comemorar essa caminhada. Me sinto realizada", enfatiza Flavia.
A paciente Deotilia Stassber, 63 anos, frequenta os encontros do Amigas de Mãos Dadas desde 2014 e é uma das integrantes que mesmo depois de curada continua inserida no grupo. "São nove anos no Amigas de Mãos Dadas e temos muitas amizades aqui dentro. Foram todas especiais no momento que precisei. Mesmo curada, decidi permanecer e ajudar outras. É um momento de alegria se reunir com a turma", salienta dona Deotilia.

Durante a cerimônia de comemoração, os convidados aproveitaram para dançar ao som de música ao vivo, conversar com amigos e confraternizar com chá da tarde.

Acolhimento a mulheres

O grupo foi fundado por Flavia e pela psicóloga Marlise Bernd, com a intenção de ajudar não só no apoio psicológico, mas na motivação para continuar os tratamentos. “Um médico me chamou na época e comentou que muitas mulheres ficavam tão arrasadas com o diagnóstico que acabavam interrompendo o tratamento, então viemos para ajudá-las”, explica Marlise.

Através do grupo, as pacientes levam mais a sério o tratamento e, com isso, aumenta o número de curas. “Hoje, fico emocionada com os 17 anos de acolhimento e suporte emocional”, acrescenta Marlise.

O Grupo Amigas de Mãos Dadas é aberto a todas as mulheres com câncer e diversas atividades são realizadas, como apoio psicológico, suporte com assistente social e aulas de música. “Temos uma equipe multidisciplinar e nossas reuniões têm em média 70 pacientes”, diz Flavia.

O encontro ocorre às segundas-feiras, das 13h30 às 16 horas, no salão da Catedral São Luiz Gonzaga, no Centro.