Feliz foi a primeira cidade do Vale do Caí a tornar o uso de máscara facultativo em ambientes abertos e fechados. A decisão se aplica a todas as faixas etárias.
Na cidade, o uso permanece obrigatório apenas nos locais que oferecem atendimentos relacionados à saúde e lares de idosos. A medida foi publicada no Diário Oficial do município e passou a vigorar ontem.
Flexibilização também foi adotada em Vale Real, onde o prefeito Pedro Kaspary emitiu decreto ontem tornando facultativo o uso da máscara, tanto em ambientes abertos quanto fechados. De acordo com o documento, a medida é válida para todas as faixas etárias, ficando sob responsabilidade de cada cidadão ou seu responsável legal decidir pelo uso ou não da máscara.
80% vacinados
Em Feliz, a medida, de acordo com o prefeito Junior Freiberger, foi tomada após a administração municipal ouvir parecer do comitê local que delibera sobre as ações relacionadas à Covid-19. Pesaram a redução de 90% no surgimento de novos casos agora em março, na comparação com janeiro, além de o município ter atingido 82% da população vacinada com a primeira dose e 77% com a segunda dose.
Feliz é o primeiro município da região a tornar oficial a flexibilização do uso da máscara, que era obrigatória em espaços públicos desde maio de 2020. "Ao mesmo tempo, em que o esvaziamento dos casos de Covid-19 e o avanço do percentual de vacinação permitem a flexibilização dos protocolos, precisamos nos manter atentos quanto à evolução da doença", explicou Freiberger.
O decreto mantém a obrigatoriedade em unidades básicas de saúde, hospital, laboratórios, farmácias, clínicas médicas e odontológicas e casas geriátricas, tanto para trabalhadores como pacientes, assim como acompanhantes ou visitantes. Além disso, as duas cidades do Vale do Caí mantêm recomendação de máscara, mas sem obrigação, para imunossuprimidos e imunodeprimidos, portadores de doenças crônicas, pessoas com comorbidades, gestantes, idosos e quem ainda não tem esquema vacinal completo.
A liberação mudou o cenário pelas ruas de Feliz. Enquanto alguns optaram por seguir utilizando a proteção, outros aderiram à nova regra. "Parece que está faltando alguma coisa, mas estou me sentido muito bem, aliviada, respirando melhor. Me sinto mais livre, parece que consigo ver melhor as expressões dos alunos e dos meus colegas", avaliou Jaqueline Henz, 34 anos. Para a professora Luciane Kunrath Pedroso, facultar o uso de máscaras é justamente isso: "As pessoas precisam ter a consciência de saber quando é necessário." Salienta que a atenção e os cuidados devem continuar, mas comentou que para o exercício da sua profissão a medida facilita.