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Notícias | Região EM 2024

Vanazzi projeta bicentenário com resultados e festa popular nas comunidades

200 anos da imigração alemã deverá resgatar o sentimento de pertencimento nos leopoldenses

Publicado em: 25.07.2023 às 03:00 Última atualização: 25.07.2023 às 07:28

A partir de hoje, faltam apenas 12 meses para a celebração dos 200 anos da chegada dos imigrantes alemães ao Brasil e a São Leopoldo. A data, que vem sendo planejada na cidade desde 2021, quando foi instituído o Comitê do Bicentenário de São Leopoldo e dos 200 anos da Imigração Alemã no Município, deverá ser de festa, mas também de muitas obras, trabalho e resultados na cidade.

Isso é o que projeta o prefeito Ary Vanazzi. Ainda em meio à programação da São Leopoldo Fest 2023, Vanazzi falou com a reportagem sobre a expectativa para o 25 de julho do ano que vem.

São Leopoldo Fest deverá ter ações descentralizadas nos bairros no ano que vem
São Leopoldo Fest deverá ter ações descentralizadas nos bairros no ano que vem Foto: Digue Cardoso/SL FEST

Dentre as melhorias previstas, segundo ele, estão o crescimento da cidade, o andamento de obras importantes como a revitalização da Rua Independência e da Casa do Imigrante, um modelo de festa popular junto às comunidades e o resgate do orgulho e do sentimento de pertencimento nos leopoldenses.

Para a São Leopoldo Fest, a perspectiva é de que ela ocorra num período de sete a 10 dias, como nas últimas edições. Neste ano, a festa teve 12 dias. A novidade, conforme o prefeito, deverá ser a promoção de ações descentralizadas também nos bairros.

"O secretário de Cultura, Marcel Frison, esboçou uma ideia de que façamos festas da imigração alemã nas comunidades. Para que a gente possa ter um calendário de festas nos bairros, organizado pelas comunidades. Queremos integrar a cidade. Hoje tem muita gente que vem na festa somente pela festa. E não porque aqui a gente comemora o berço da colonização alemã", comenta Vanazzi.

Segundo ele, a intenção é oportunizar a mais pessoas o acesso ao aspecto histórico e cultural da comemoração.

"Queremos levar a mais pessoas essa contribuição histórica, mostrar a história da chegada dos alemães, a importância que tiveram e mostrar também que antes aqui tinham os negros, os portugueses, os índios. Este processo de discussão popular da festa pode fazer uma cidade mais articulada, com a população se assumindo como leopoldense. Se sentindo parte da cidade. Se a população fizer isso, ela vai se orgulhar, vai se admirar, vai cuidar mais, vai falar da cidade, vai viver melhor", opina Vanazzi.

Resultados são destacados em diversos setores

Para o prefeito, mais que comemoração e festa, o bicentenário deverá ser marcado por resultados. “Vai ser um grande evento, embora a festa seja apenas um episódio na comemoração dos 200 anos. Nós hoje pensamos em comemorar com resultados, de política social onde não tenha mais desempregados, não tenha mais crianças fora da sala de aula, com a educação toda tecnológica. Ser a 4ª ou a 5ª economia do Estado, onde uma saúde pública seja inovadora em atendimento. E também que seja uma cidade democrática, onde as pessoas têm participação intensa e, fundamentalmente, uma cidade que pensa a questão ambiental”, frisa.

“Hoje nós somos uma cidade que tem 22% de cobertura vegetal preservada, temos o Parque Imperatriz, que é o maior parque urbano do País, reconhecido internacionalmente, temos 386 nascentes cuidadas e mapeadas, temos o Rio dos Sinos. Para a cidade crescer e se desenvolver, na nossa concepção, quem não conjugar a indústria, produção, economia, cultura e a questão ambiental é uma cidade que tem a tendência de cair no esquecimento e retroagir.”

Revitalização da Rua Independência é projeto estratégico do governo municipal

Dentre as principais obras pensadas para os 200 anos está a revitalização da Rua Independência. O objetivo da obra é melhorar a circulação das pessoas sem alterar os patrimônios históricos que existem durante todo o caminho, da esquina da Rua Dom João Becker até a esquina da Avenida João Corrêa.

A obra de revitalização da Rua Independência prevê novos passeios públicos, rede de drenagem e fios e cabos elétricos e de telefonia e Internet subterrâneos, além de várias reformulações no paisagismo
A obra de revitalização da Rua Independência prevê novos passeios públicos, rede de drenagem e fios e cabos elétricos e de telefonia e Internet subterrâneos, além de várias reformulações no paisagismo Foto: Reprodução

Com um investimento previsto de aproximadamente de R$ 50 milhões, a obra contará com uma rede subterrânea elétrica, de Internet e rede lógica e a construção de uma rede de drenagem e esgoto, assim como um sistema de iluminação pública mais moderno e eficiente. O projeto foi elaborado para sanar problemas de drenagem, arborização desordenada, pouca mobilidade das calçadas, fiação desarranjada, acabar com a poluição visual e padronizar as fachadas de prédio valorizando as edificações históricas.

“É um projeto estratégico. Com a obra pronta, a cidade dá um salto cultural, econômico e histórico. Vai atrair, a partir dessa obra, a mesma coisa que aconteceu com a João Corrêa, quando a gente acabou com o tal do valão da João Corrêa e construiu a João Corrêa como uma avenida. A gente deu um impulso econômico muito grande, a atração de novos negócios, crescimento das indústrias, que viram que a cidade tinha uma perspectiva, conjugada com outras coisas, como a captação da água, saneamento, e política habitacional”, compara.

“A Independência tem este objetivo para nós. Pretendemos concluir a obra até o final de 2024 e na comemoração dos 200 anos talvez já tenhamos boa parte dela pronta. Depois, a partir disso, a cidade vai viver um outro momento político, econômico e social na sua história”, planeja.

Casa do Imigrante

Parte da Casa do Imigrante, marco histórico de São Leopoldo, desabou em março de 2019
Parte da Casa do Imigrante, marco histórico de São Leopoldo, desabou em março de 2019 Foto: Diego da Rosa/GES-Arquivo

Outro projeto importante e que deve sair do papel nesta contagem regressiva para o bicentenário é a revitalização da Casa do Imigrante. Uma parte da casa, que abrigou os primeiros imigrantes, desabou em 2019. A recuperação pelo Complexo Cada da Feitoria/Museu do Imigrante é uma proposta contemplada e que integra do projeto Iconicidades, do governo do Estado.

“Temos discutido com o governo do Estado e com o Museu Histórico, que é quem detém o poder e a propriedade do imóvel. Estamos trabalhando para recuperar a casa, principalmente para depois, ao longo dos anos, construirmos o Parque do Imigrante, que é a ideia fundamental do projeto. Por enquanto, nós não recebemos o projeto assinado, finalizado, e isso nos preocupa. Estamos aguardando que o Estado nos entregue o projeto, o que ainda não aconteceu por uma questão técnica, burocrática do governo do Estado.”

Renata Strapazzon

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