Neto de idoso que desapareceu com a esposa em Cachoerinha tem pedido de liberdade negado
Andrew Heger Ribas está desde maio detido no IPF. Ele e a sua mãe são acusados pelas mortes e ocultações de cadáveres de Rubem e Marlene Heger
Preso desde o dia 6 de maio, acusado pelas mortes do avô, Rubem Heger, 85, e da esposa do idoso, Marlene Heger, 54 anos, o jovem Andrew Heger Ribas, 28 anos, segue no Instituto Psiquiátrico Forense (IPF). A mãe de Andrew, Cláudia de Almeida Heger, 51 anos, está desde o dia 15 de agosto em prisão domiciliar em Canoas. O motivo para a mudança do local da detenção da mulher foi a alegação de problemas de saúde.
Nesta quinta-feira (24), a juíza Andrea Caselgrandi Silla, estabeleceu um prazo de dez dias para que o IPF apresente um relatório explicando as providências adotadas para a conclusão da perícia psiquiátrica realizada no réu. O processo, de acordo com a defesa, está parado há três meses. A perícia feita pelo instituto deve apontar se Andrew era, ou não, capaz de entender os atos que cometia.
A investigação do delegado Anderson Spier, títular da 1ª Delegacia de Polícia de Cachoeirinha, concluiu que o neto participou ao lado da mãe, do desaparecimento, assassinato e ocultação dos cadáver de Rubem e Marlene. Os corpos nunca foram encontrados pela polícia, que realizou buscas em áreas de mata do município de Canoas.
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Mudança na defesa
Cláudia e Andrew eram defendidos pelo criminalista Rodrigo Schmitt, mas o advogado deixou o caso para a entrada de André Von Berg, com escritório em Novo Hamburgo. O novo defensor solicitou que seu cliente acompanhe a mãe na prisão domiciliar. A juíza que cuida do caso afirmou em documento que os fatos que levaram o jovem à prisão não foram modificados, portanto não há motivo para alteração. Já a defesa alega que Andrew está em uma área de triagem, não sendo adequada para a manutenção do réu, inclusive sem o direito ao banho de sol.
O que diz o IPF
“O paciente necessitou passar hoje, 24, por uma reavaliação com o perito. Portanto, estará sendo redigido uma nova perícia, baseada na avaliação anterior e na condição atual do paciente.”
O caso Rubem e Marlene
O casal recebeu a visita da filha e do neto do idoso no dia 27 de fevereiro. O quarteto teria almoçado e saído de casa por volta das 16 horas em direção a Canoas. Desde então o casal não é mais visto. Cláudia alega que o pai e a madrasta saíram enquanto ela estava no médico com Andrew.
O sumiço levantou suspeitas por conta do uso de medicamentos por parte de Rubem, que tratava um enfisema pulmonar. Na denúncia do Ministério Público (MP-RS), Cláudia e Andrew são acusados de dois homicídios duplamente qualificados por motivo torpe e ocultação de cadáver. A dupla nega a participação no crime.